C6 Fest devolve clima de Free Jazz Festival à São Paulo em sua 2ª edição

Cat Power
Foto: Divulgação / Mario Sorrenti

Neste fim de semana, os amantes de música puderam voltar no tempo e reviver um pouco do que era o clima do cultuado Free Jazz Festival, evento anual que durou de 1985 a 2001 e posteriormente se tornou o TIM Festival. O motivo: a 2ª edição do C6 Fest, realizada de 17 e 19 de maio, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, trouxe a atmosfera e energia do finado festival de volta, em que a música vem em primeiro lugar.

Com uma curadoria de deixar qualquer festival no mundo de queixo caído, o C6 Fest apresentou shows memoráveis e especialíssimos, como, por exemplo, o da cantora Cat Power interpretando clássicos de Bob Dylan, reproduzindo o show que ele fez no Royal Albert Hall em 1966, ou mesmo a vinda inédita do Soft Cell ao Brasil, um dos ícones da música pop dos anos 80 e eletrônica que são muito conhecidos pelo hit “Tainted Love”.

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Outro show classudo que caiu como uma luva no conceito chique do festival foi o do Black Pumas. No palco, o duo formado pelo vocalista Eric Burton e pelo guitarrista Adrian Quesada se apresenta com uma super banda e, com seu new soul e rock psicodélico, colocou os presentes para cantar e dançar ao som do hit “Colors”. Até uma versão lindíssima de “Sugar Man”, do cantor Sixto Rodriguez, rolou.

Para os indies, que já presenciaram Sonic Youth, Belle & Sebastian, Sigur Rós, PJ Harvey e Sean Lennon no Free Jazz Festival, a bola da vez foi o show da banda Pavement, que não vinha ao nosso país desde 2010. Romy, vocalista do The XX, também trouxe seu show solo e dançante para os brasileiros verem. Também teve a barulhenta Squid e o country pop de Noah Cyrus, irmã de Miley Cyrus. Isso sem contar os belíssimos shows de Daniel Caesar, Cimafunk e Raye.

Dos artistas brasucas, a escalação também foi escolhida a dedo: Gaby Amarantos e Jaloo se uniram em uma gostosa mistura de pop com mpb e tecnobrega, enquanto Jair Naves (vocalista do Ludovic) mostrou a performance visceral de sua carreira solo. No palco principal, o show “Baile Cassiano” trouxe Preta Gil, Negra Li, Liniker e mais artistas interpretando os clássicos de Cassiano, que foi um dos percursores da black music nacional ao lado de Tim Maia e Hyldon.

Esse line-up “dos sonhos” é esforço das irmãs Monique e Sylvia Gardenberg, também responsáveis pelas escalações das edições do Free Jazz e TIM Festival. As sisters têm no currículo terem trazido ao país nomes como Ray Charles, James Brown, Madonna, Chuck Berry, Rolling Stones, Massive Attack e Elton John, muitos deles pela primeira vez.

Festival sem perrengue

A experiência dada pelo C6 Fest é totalmente diferente da de outros grandes festivais brasileiros, como o Lollapalooza Brasil, The Town e Rock in Rio, por exemplo.

A começar pela localização. O Parque do Ibirapuera é um local perfeito para passar uma tarde/noite das mais agradáveis ouvindo boa música e curtindo a vibe da natureza dentro da cidade grande. Sem contar na facilidade para chegar ao local, por ser em um endereço central.

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Como é um festival de médio porte, as filas para entrar, comprar bebidas e ir ao banheiro são inexistentes. A variedade dos alimentos também agradam, com vários food trucks de marcas conhecidas espalhados pelo evento, e até cadeiras de praia são disponibilizadas para que o público possa assistir aos shows no maior conforto. É um evento feito para todas as idades, óbvio, mas o público com mais de 30 anos agradece. É o que podemos chamar de um festival sem perrengue.

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