Resenha: Coala Festival juntou nomes da MPB e atrações além da música

Gilberto Gil

Com dois dias de muito calor, o Coala Festival trouxe, no sábado e domingo, artistas renomados da MPB e diversas atrações para o público no Memorial da América Latina, em São Paulo.

No primeiro dia, as pessoas demoraram um pouco para chegar e lotar o espaço. Quem esteve desde o início pôde aproveitar sem filas atividades como jogos de basquete, caricatura, oficinas de grafite, degustação de cerveja, entre outros.

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O clima foi bem festivo e pacífico. Muitas famílias estiveram presentes, inclusive com bebês de colo junto. O que foi muito comum também foi ver pessoas chegando mais cedo e, enquanto o artista favorito não entrava, aproveitava a grama e até almofadas que foram colocadas no espaço para descansar e tomar sol.

Num palco decorado com plantas, o festival montou um formato em que intercalava um DJ, que normalmente optavam pelo eletrônico, e bandas. Francisco, El Hombre e ÀTTØØXXA, ainda com um baixo público, conseguiram levantar bastante a energia de quem esteve por lá.

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Com mais pessoas chegando ao local, a Academia da Berlinda contou também com a participação de Lula Lira numa excelente parceria e com uma ótima sonoridade. Chegando ao final de tarde, o DJ Rodrigo Bento relembrou alguns funks do início dos anos 2000, animando a plateia. Falando em levar as pessoas à quinta dimensão, Xênia França realizou uma grande apresentação e com um discurso forte pró-mulheres. A cantora, extremamente emocionada, não se conteve e foi às lágrimas a final do show.

Com o espaço bem cheio, Baco Exu do Blues trouxe uma mistura de fortes batidas com algumas músicas de rap mais romântico, principalmente com a famosa “Te Amo Disgraça”, que contou com o coro imenso da plateia. O rapper ainda apresentou música nova que foi lançada na semana anterior ao festival. No final, ele pediu para que uma roda de bate-cabeça fosse formada e prontamente foi atendido, ela não durou muito tempo, mas animou todos que estavam próximo do palco.

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Finalizando a primeira parte, Gilberto Gil fez uma apresentação extremamente animada, fazendo os fãs dançarem e cantarem muito. O artista relembrou músicas como “Tempo Rei”, “Maracatu Atômico”, “Vamos Fugir” e ainda cantou “Is This Love”, do Bob Marley, e “Não Chores Mais”, sua versão de “No Woman, No Cry”. O show também foi marcado por gritos altos de “Lula Livre” e com um breve discurso em apoio ao ex-presidente.

Se no primeiro dia o público demorou a aparecer, no segundo não houve esse problema. As primeiras atrações, como Johnny Hooker e Sound Sisters, até tiveram uma plateia mais tímida, mas antes das 15h o lugar já estava bem cheio à espera de Rubel. O cantor encantou com suas letras poéticas e melodia tranquila, embalando muitos dos casais presentes. Além de relembrar músicas de seu primeiro álbum, o artista cantou, principalmente, as faixas de “Casas” seu disco mais recente. E ainda separou um tempo para uma versão de “Tocando em Frente”, do Almir Sater.

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Em um dos shows mais aguardados no festival, Mano Brown entrou com uma bengala e chapéu, cantando as canções do Boogie Naipe, seu projeto paralelo ao Racionais MC’s. É fato que muitas pessoas que só o conheciam pelo grupo de rap estranharam o novo som, mas, num geral, o artista agradou muito com suas canções. Num estilo que lembra um pouco músicos como Tim Maia, ele ainda conta com vocais de apoio excelentes que chegam a agudos impressionantes que dão outra cara ao show. Apesar de não ter interagido muito, Mano Brown fez um discurso a favor das mulheres e falando de sua evolução nesse sentido, que arrancou gritos das pessoas presentes.

Com um grupo grande no palco, o Ilu Oba de Min trouxe, com muita animação e batuque, músicas com muita energia e letras de espiritualidade, enaltecendo também a cultura negra e africana.  A apresentação teve também a parceria de Juçara Marçal e fechou com Elza Soares, que arrancou gritos e muitas palmas da plateia, cantando as faixas de seu álbum “Deus é Mulher”.

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Muito aclamado, Milton Nascimento entrou no palco e, mesmo com músicas mais lentas do que o restante do festival, conseguiu fazer fechar muito bem o evento. Ele cantou canções como “Coração de Estudante”, “Canção da América” e, num dos momentos mais emocionantes, “Encontros e Despedidas”. Nesta última, o público cantou com bastante força a música toda e, no final, fez um coro sozinho para o refrão.

A pequena participação de Criolo também foi muito aplaudida. Logo ao entrar, eles cantaram juntos “Não Existe Amor em SP” e “Meninos Malvados”. Com seu grande alcance vocal, Milton Nascimento conseguiu deixar as duas canções ainda melhores e com um tom sentimental maior.

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A cobertura da NM só foi possível graças ao apoio da TNT Energy Drink. Fica aqui o nosso agradecimento pela ajuda durante todo o festival.

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