Lana Del Rey: o primeiro single de cada álbum da cantora

Lana Del Rey
Cronologicamente falando, o primeiro álbum lançado pela Lana Del Rey foi em 2010 com o trabalho intitulado de “Lana Del Ray”, porém, por falta de promoção por parte de sua gravadora, ele acabou “esquecido” e deu o posto de primeiro disco oficial para o “Born to Die” de 2012.

Desde então, outros três álbuns vieram a público – com direito a um em julho deste ano, o “Lust for Life”. Entre decepções, sofrimentos, obsessividade e, enfim, uma maior paixão pela vida, a cantora amadureceu cada vez mais e, por isso, a coluna de hoje analisará o quanto os seus singles representam as suas obras.

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“Born to Die” (2012)


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A chegada de Lana ao sucesso vem com o álbum “Born to Die“. Cheio de melancolia e canções que seriam o hino da tristeza para muitos, a caminhada da cantora começa, então, com “Video Games”. Com uma grande variedade de instrumentos e camadas, ela pode ser considerada uma das mais bonitas deste trabalho.

Tudo porque as outras canções se misturam em uma sonoridade mais repetitiva e com toques eletrônicos que, mesmo não sendo as mais animadas do mundo, não parecem ser tão profundas quanto o seu primeiro single. Tudo isso trouxe ao “Born to Die” um grande hype, muitas críticas e, sem dúvidas, o pontapé inicial de uma carreira que está consolidada até hoje.

“Ultraviolence” (2014)


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Não demorou tanto tempo assim para que Lana voltasse com outro disco. Com um pé no rock e outro no pop – sem deixar a sua dramaticidade e melancolia de lado – o primeiro single lançado do “Ultraviolence” foi “West Coast”. Nas mãos de Dan Auerbach (The Black Keys), principal produtor deste trabalho, a cantora conseguiu algo bastante homogêneo do começo ao fim.

Sem as interferências eletrônicas que ouvimos em “Born to Die”, este segundo (ou terceiro) álbum foi trabalhado de uma maneira mais natural. Mesmo que “West Coast” seja considerada uma passagem entre o trabalho anterior e esse, já é possível sentir as perceptíveis mudanças na forma com que Lana Del Rey nos apresenta suas então novas músicas.

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Em uma vibe ainda mais obscura e solitária, a viagem através de “Ultraviolence” nos permite experimentar um avanço e maturidade muito grandes partindo de uma cantora que, desde sua primeira canção, foi consagrada e endeusada por seus fãs e chega a 2014 com uma faceta um pouco diferente do que conhecíamos até então.

“Honeymoon” (2015)


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No ano seguinte ao lançamento de “Ultraviolence”, Lana surge mais uma vez com um novo trabalho, dessa vez intitulado de “Honeymoon“. Mas não pense que a lua de mel da cantora é das mais felizes: mais uma vez, o tom das letras e da melodia é o mesmo visto nos dois primeiros álbuns, mesmo que a sua sonoridade tenha sofrido mudanças.

Considerado o melhor da carreira de Lana del Rey até aqui, a trajetória do “Honeymoon” começa com “High by the Beach”, uma canção menos melódica, com uma vibe mais positiva em seu som, mas que não perde aquele lado romântico introduzido pela artista em todo o seu trabalho e com um quê de balada.

Claro que, quando comparado as outras faixas, ele pode até soar um pouco diferente. Mas isso acontece porque em “Honeymoon” vemos um flerte muito maior com a influência de alguns estilos além do pop – como o jazz –, além de ter uma grande variedade de instrumentos em sua composição, uma voz muito mais equilibrada entre as canções e arranjos sutis que não tiram toda a intensidade deste trabalho.

“Lust for Life” (2017)


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Agora em 2017, mais precisamente em julho, Lana Del Rey lançou o seu mais recente álbum da carreira intitulado de “Lust fo Life“. O primeiro single divulgado pela cantora foi “Love” e, logo de cara, já percebemos uma vibe mais positiva que permeia a sonoridade do disco e já começa pela capa onde a artista aparece sorrindo – diferente da semiótica relevada nos trabalhos anteriores.

Cheio de participações especiais, a artista parece se desprender um pouco das amarras temáticas que vinham preenchendo suas músicas e dá um caráter mais social e político ao seu trabalho, ainda mais quando colocado dentro do contexto vivido pelos Estados Unidos e pelo mundo atualmente. Claro que desde o lançamento de “Love” a marca melódica e registrada de Lana está presente, mas de uma forma ainda mais madura e prezando muito mais pela vida.

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Com menos introspectividade – e reinventada de certa forma – “Lust for Life” ainda vem com uma sonoridade densa e vemos desde o primeiro single canções que misturam elementos presentes entre as décadas de 50 e 60, um flerte com o hip hop – apesar de ser um disco majoritariamente pop – e uma voz mais suave apresentada pela cantora que se completam em um disco maduro e complexo.

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Maria Mazza
Maria Mazza
Formada em jornalismo, considera a música uma de suas melhores amigas e poderia facilmente viver em todos os festivais. Bandas preferidas? McFLY e Queens of the Stone Age.