Resenha: Saiba como foi a primeira noite do The Maine em São Paulo

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São Paulo iniciou o mês de agosto recebendo a banda estadunidense The Maine, com a turnê “Brazilian Candy Tour”, que teve sua estreia no dia anterior, no Rio de Janeiro. O show aconteceu no Carioca Club, localizada em Pinheiros, e contou com a abertura do músico Brennan Smiley, que, com uma apresentação solo, representou a banda The Technicolors.

Para a felicidade dos fãs que, como de costume, acampavam em frente à casa de shows desde cedo, a cidade portava um clima ameno, embora esteja no inverno. Pela quarta vez no país, é notável que a plateia a procura da banda desde a primeira vinda deles, em 2011, esteja crescendo e não sejam mais somente adolescentes, e, além disso, é visível que o número de frequentadores decresceu. Os homens e mulheres presentes criaram um ambiente muito agradável e de amizade.

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Abrindo a noite, Brennan Smiley (The Technicolors) subiu ao palco portando somente sua guitarra e, mesmo que muitos ali não o conhecessem como conhecem o The Maine, o músico foi encorajado com muitos gritos de aplausos. A primeira música tocada, porém, era de conhecimento geral: o hino nacional brasileiro, que logo teve o instrumental sendo acompanhado pela cantoria dos fãs. Com oito canções apresentadas, o repertório contou também com cover de “Don’t Look Back In Anger”, do Oasis.

Pouco tempo depois, as luzes se apagaram e John O’Callaghan, Jared Monaco, Kennedy Brock, Garrett Nickelsen e Pat Kirch subiram ao palco se dirigindo aos seus respectivos instrumentos.  O público, que já gritava desde o apagar das luzes, os ovacionaram ainda mais quando os primeiros acordes de “Miles Away”, faixa do novo disco “American Candy”, foram tocadas.

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Como o vocalista John já havia revelado anteriormente em entrevista exclusiva à Nação da Música, o quinteto está com uma energia diferente no palco e, de fato, tal energia é perceptível, já que a banda apresentou um show muito mais descontraído do que as outras três turnês brasileiras. Os sorrisos em alegria de ver o público cantando cada palavra de cada canção continua o mesmo, mas o grupo demonstra estar mais à vontade no palco.

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Logo na primeira música o que mais me incomodou foi a quantidade de fãs se preocupando mais em registrar o momento com vídeos e fotos nos celulares, do que aproveitar o show em si –tive que mudar de lugar por que não enxergava a banda, mas sim os celulares. Porém, eu não fui a única. O próprio John, durante uma pausa que a banda da depois do primeiro refrão de “Growing Up” para dar continuidade a mesma canção com uma versão mais agitada, pediu que os fãs guardassem os celulares para que eles pudessem se divertir, e que “isso não é o show dos Jonas Brothers”, e pediu que no próximo momento todos dessem o máximo de si para a diversão. Todavia, não demorou muito tempo para que os celulares voltassem a aparecer.

Antecedendo “Like We Did (Windows Down)”, a casa de shows se calou para um discurso do vocalista sobre amizade, dizendo que mesmo as pessoas que estavam ali sozinhas não eram para se sentirem só, já que todos ali eram amigos. Depois de mais duas músicas, os fãs pararam mais uma vez para ouvir John. Dessa vez, as palavras foram de agradecimento aos que estavam ali e que de alguma forma contribuíram para que a banda continuasse firme: “Eu espero que vocês encontrem alguém que os façam tão felizes quanto vocês fazem a gente”, o que emocionou alguns. Em seguida, o vocalista tocou sozinho no palco a versão acústica de “Into Your Arms”, que está no setlist há alguns anos.

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Entre as 17 músicas autorais tocada, o grupo não deixou passar a oportunidade de fazer um cover. Aproximando-se do fim da apresentação, John anunciou o cover de “(I Can’t Get No) Satisfaction”, um clássico dos Rolling Stones, e muitos ali cantaram de modo a orgulhar os ídolos, principalmente o vocalista. Para o desespero dos seguranças que acompanham a banda e felicidade de alguns, John pulou do palco e escalou a grade do camarote, e permaneceu por lá pendurado até anunciar a faixa seguinte.

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Do meu ponto de vista e também de alguns fãs que conversei, a setlist deixou muito a desejar. De todas as vezes que a banda veio para o país, essa foi a que a escolha do repertório foi mais fraca. Inclusive, os fãs se uniram em uma só voz para pedir “(Un)Lost”, do novo álbum, que teve um trecho tocado.

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No palco, cada músico tem uma característica: John tem o headbang, Jared é extremamente concentrado na guitarra, Kennedy é mais descontraído e conversa com os fãs entre as músicas fora do microfone, Garrett tem a maior presença de palco com seu baixo e Pat, da bateria, mantem os olhos fixos no público. Esses detalhes tornam a apresentação bem simples, e a banda prova que não precisa de uma mega produção para deixar a noite marcada.

Quanto aos fãs, todos eles são fieis e passam uma energia admirável. Cada aplauso e grito parece agradecer ao ídolos que têm, já que, enquanto alguns artistas cobram preço abusivo tanto no ingresso, mas principalmente para o Meet&Greet, que dura segundos, o The Maine proporcionou M&G gratuito aos primeiros 400 fãs a comprarem ingresso -em 2014 o M&G foi para todos que compraram ingresso na primeira semana de venda, o que fez com que o grupo atendesse a mais de 1.000 pessoas por show.

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Ao som de “Right Girl”, o grupo se despediu do Carioca Club agradecendo outra vez e dizendo que enquanto pedirem para eles voltarem, eles estarão aqui.

Setlist:

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  1. Miles Away
  2. Run
  3. Growing Up
  4. Inside Of You
  5. Misery
  6. My Hair
  7. My Heroine
  8. Same Suit, Different Tie
  9. Like We Did (Windows Down)
  10. English Girls
  11. Jenny
  12. Into Your Arms
  13. Identify
  14. “(I Can’t Get No) Satisfaction” – Rolling Stones (cover)
  15. Love & Drugs
  16. American Candy
  17. Righ Girl
  18. Un(Lost) -fora de ordem.

A turnê “Brazilian Candy Tour” segue para Porto Alegre, na próxima terça-feira (04) e para Curitiba, no dia 05, confira mais informações aqui. Não deixe de curtir nossa página no Facebook, e acompanhar as novidades do The Maine e da Nação da Música.

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Avatar de Bárbara Araujo
Bárbara Araujo: Carioca que tem São Paulo como casa desde 2009, estuda Jornalismo e escreve para a Nação da Música desde 2014. Passa mais tempo ouvindo música e assistindo a vídeos de shows do que qualquer outra coisa. Ainda compra CD, ama pop-punk, cachorros e é facilmente encontrada em shows.