Dead Fish: Rodrigo esclarece polêmica nas redes sociais

Na última quinta-feira (19), a banda de hardcore Dead Fish se envolveu em uma polêmica nas redes sociais. Em um post no twitter do grupo fizeram a seguinte declaração:

Juntos há vinte e quatro anos, o grupo sempre trouxe em suas músicas letras de cunho social, enfatizando seu posicionamento político. Porém após a afirmação no twitter, a banda recebeu várias criticas de internautas que não acharam justa a diferenciação do público nos shows.

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Na manhã dessa sexta-feira (20), o vocalista Rodrigo Lima resolveu dar uma nota de esclarecimento no Facebook da banda sobre o ocorrido, confira o texto na íntegra:

“Olá bom dia todos. Perdoem-me pelo enorme delay (atraso) em responder aqui o que vem se passando na internet. Não sou um usuário de redes sociais, não me interessam porque são definitivamente de uma profundidade de pires. Só que faço parte de uma banda, por sinal a melhor banda do mundo, que as usa. Temos, ou tínhamos, um social media que cuida dessa parte. Pelo que vejo hoje pela manhã parece que a coisa desandou nesse meio para vários lados que não interessam nem pra banda e nem para quem gosta dela, muito por causa da inocência e até uma boa parcela de ignorância jovem em achar que não estava nadando com os tubarões conservadores que tomaram conta das redes depois das eleições de 2014, o terceiro turno pegando fogo e ele nem se percebeu que o país sempre foi um lugar conservador que o discurso raso, preconceituoso e manipulador sempre vingou fortemente. Chamar quem contribuiu para nosso vitorioso Crowdfundding de otário foi de uma falta de respeito inenarrável e muito errado, e abriu um baita precedente para que o papinho raso e totalitário viessem à tona, sempre acontece onde não há uma discussão séria, e as redes são esse meio.

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Sim, é preciso lembrar que, somos uma banda de postura à esquerda no espectro político brazuca, não passarão racistas, homofóbicos, machistas, fundamentalistas muçulmanos ou cristãos, golpistas circunstanciais que apóiem uma intervenção constitucional militar ou quer o que isso queira dizer… Viemos de um nicho cultural, se é que podemos dizer assim, que prega a igualdade entre raças, à regulamentação do aborto com as mulheres tendo o direito de escolher o que fazer de seus corpos, a criminalização da homofobia, desmilitarização da polícia, reforma agrária, reforma urbana com transporte gratuito de qualidade e fim da especulação imobiliária e periferização das cidades, etc, etc à esquerda sempre. Essa é nossa pauta há vinte e quatro anos.

Termino agradecendo a todos aqueles que nos apóiam em todas as circunstâncias nesses momentos de erro e nos de acerto também. Vocês são poucos, mas são grandes, inteligentes, perspicazes, resistentes, bonitos, cheirosos, gostosos e bons. Que classe! Amo vocês! Termino pedindo que não me telefonem não me retuitem, não repliquem o texto ou coisa parecida, não lerei nada. Estou ocupado aqui terminando um glúten que deu errado e aproveitando pra me melhorar lendo um bom livro do Marx. Isto! Venceremos!

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De novo, bom dia!
Rodrigo Lima”

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Ingrid Silva: Carioca, formada em turismo, que ama conhecer novos lugares e culturas. Apaixonada por arte em geral, está sempre procurando uma música, filme ou alguma ilustração nova. Acredita que o mundo pode ser um lugar melhor se começarmos por nós mesmos.