Foster The People: o primeiro single de cada álbum da banda

Foster The People


Foster The People está em atividade desde 2009, mas os olhos e a mídia se voltaram para eles com a chegada de “Pumped Up Kicks”, música que foi uma das mais ouvidas entre 2010 e 2011 e deu início ao aclamado álbum “Torches”. Três anos depois, foi a vez de “Supermodel” ganhar o título de novo álbum e com outros três anos na conta chegamos ao recém-lançado “Sacred Hearts Club”.

Entre melodias dançantes e letras reflexivas, o grupo traz em sua bagagem diversas indicações a premiações – sendo que venceu a do Billboard Music Awards – e uma certa dificuldade de encaixá-los em algum gênero específico, uma vez que eles nunca deixaram de flertar com diversos deles como o pop, dance, eletrônica, indie e rock.

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Mas, independente em quais caixinhas eles pertencem, hoje é dia de analisar: será que o primeiro single de cada álbum do Foster The People representa o trabalho como um todo?

“Torches” (2011)


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“Pumped Up Kicks”, primeiro single de “Torches”, entrou de vez para as playlists musicais entre 2010 e 2011, anos de lançamento da música e do álbum respectivamente. Não é para menos, afinal, a canção chegou a terceira posição da Billboard Hot 100. Indicada ao Grammy de Melhor Performance Duo/Grupo Pop, a faixa passeia pelo pop ganhando um toque indie, electropop, um pouco de sintetizadores e uma pegada bem dançante. E é isso o que vemos por todo o trabalho nas dez faixas que o completam.

Quando você entra para o grupinho do Foster The People, tudo o que quer fazer é fechar os olhos e deixar a música tomar conta do momento. Os refrães não pecam ao grudar na cabeça de quem ouve o disco do começo ao fim – que sem perder o som original, traz uma pitada de nostalgia dos anos 80 com o synthpop, um que de pop psicodélico, balada romântica e a voz emblemática de Mark Foster.

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“Supermodel” (2014)


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Três anos separam o lançamento de “Torches” e “Supermodel” e, apesar da evolução musical, “Coming Of Age” não perde a vibe dançante apresentada no disco anterior. A diferença é que aqui o Foster The People dá mais profundidade a sua música trazendo de vez os instrumentos analógicos e um som menos sintetizado – e tudo já começa no primeiro single.

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Porém, “Coming Of Age” não interpreta o trabalho por inteiro – o que não significa ser uma canção ruim. Pelo contrário, ela ainda carrega um pouco de “Torches”, agradando os mais devotos ouvintes, para suavizar a queda, ou melhor, as mudanças que viriam no decorrer do álbum: a crítica ao mundo pede espaço agora, é hora de dançar menos e refletir mais através de som introspectivo criado com a atmosfera de “Supermodel”.

“Sacred Hearts Club” (2017)


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Lançado no dia 21 de julho deste ano, “Sacred Hearts Club” é o trabalho mais recente de Foster The People e, para muitos, o mais fraco. E tudo começa com a divulgação de três músicas de uma vez: “Pay The Man”, “Doing It For The Money” e “S.H.C.”, que são diferentes entre elas e do álbum como um todo.

Ao longo do trabalho, somos apresentado a algo mais genérico, destoando da identidade criada pelo grupo em seus dois primeiros álbuns. O quarto single apresentado “Loyal Like Sid & Nancy”, por exemplo, é uma batida eletrônica com versos falados e um toque de hip hop que pouco se parece com a banda. Se em “Supermodel” a intenção era levar os ouvintes a refletirem sobre diversos assuntos, a banda chega aqui com letras mais pobres e fracas – assim como suas batidas e samples.

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Difícil dizer que os primeiros singles – ou o primeiro deles, “Pay The Man” – representam o álbum como um todo, mas todas as outras faixas possuem algo em comum: elas não combinam entre si e deixam para trás toda a originalidade criada pelo Foster The People através dos anos, soando quase como uma “cópia” do que eles buscaram ser até aqui.

Você também pode conferir a nossa resenha sobre “Sacred Hearts Club” aqui.

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Avatar de Maria Mazza
Formada em jornalismo, considera a música uma de suas melhores amigas e poderia facilmente viver em todos os festivais. Bandas preferidas? McFLY e Queens of the Stone Age.