Scalene fala sobre seu novo álbum “Labirinto” em coletiva de imprensa

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Foto: Wilmore Oliveira

Na segunda-feira (07), a banda Scalene realizou uma coletiva de imprensa com alguns canais de comunicação para conversar sobre o novo álbum “Labirinto”. O disco marca um retorno do grupo ao seu som roqueiro, mas nem por isso eles deixaram de inovar ou de sair de sua zona de conforto.

Os irmãos Gustavo Bertoni (vocal) e Tomás Bertoni (guitarra) responderam às perguntas dos jornalistas com muita simpatia e demonstrando satisfação com o novo trabalho.

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“Esse nome estava meio que na nossa cara ao longo do processo, porque, desde a mitologia grega, o labirinto é uma coisa muito presente na arte humana”, disse Tomás quando questionado sobre a escolha pelo título.

O disco conta com três participações especiais e Gustavo disse que isso já está no DNA da banda. “As colaborações deste álbum são por afinidade musical e no caso do Gabriel também tem a questão de que, para o rock underground, temos muita admiração e respeito pela longevidade da banda e pela sinceridade com a qual eles carregam suas carreiras. É uma coisa que nos identificamos e também fazemos. Como estávamos voltando para uma linguagem mais roqueira, fazia sentido trazer alguém desse lugar e desse gênero para somar forças”.

Sobre a influência da pandemia no processo, Gustavo afirmou: “Como artista, é inevitável que a pandemia não seja apenas uma parte de, mas uma grande parte do processo criativo”.

“A pré-produção do disco foi mais caseira, trabalhamos muito nas demos em nossos estúdios caseiros. Coisa que fazíamos de uma forma um pouco mais ‘rascunho’, digamos assim. Nossas demos eram um pouco mais pretensiosa e como estávamos isolados, teve essa urgência de trabalhar melhor nas demos”, completou o cantor.

Tomás continuou a fala do irmão “Rolou uma vontade de mergulhar no que fazemos de melhor, por que a gente faz o que faz. Compor e criar acho que são as partes favoritas do processo. Nem sempre é fácil, mas o resultado é muito gratificante e você olha para trás e aprende muito.”

Quando perguntados sobre os aprendizados do “Respiro” que foram trazidos para o novo disco, Gustavo afirma que trouxe uma linguagem mais autoral e brasileira “Foi massa poder ter tanto DNA brasileiro ali, somente nas letras, na métrica da voz. Então, trouxemos o aprendizado de uma música mais brasileira mesmo, porque muitas vezes o rock soa muito gringo”

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O músico também disse que foi a primeira vez que fizeram a masterização com uma pessoa diferente: “A gente sempre mixou e masterizou com a mesma pessoa. Resolvemos investir e entender melhor o processo de masterização no ‘Respiro’, o que certamente foi um grande avanço que aplicamos nesse disco também.”

Após os 3 shows no final de 2021, Tomás disse que optaram por esperar o álbum ser lançado para retornar aos palcos “Começo de maio a gente vai começar a fazer. Em breve soltaremos as datas do que já estiver fechado e acho vamos engatar uma sequência de três ou quatro meses fazendo show”.

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“Como esse álbum foi feito durante a pandemia, tem muita música que a gente nunca tocou como banda, várias inclusive. Então, estamos empolgados para isso também [risos]”, completou o guitarrista.

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Mariana Rossi
Mariana Rossi
Apaixonada por música, sempre com o fone de ouvido e procurando algum show para ir.