Offspring consagra legado da supremacia punk em mega espetáculo no Punk Is Coming de SP

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Divulgação

Fechando os trabalhos do evento que ficou conhecido como Punk Is Coming, em São Paulo, o Offspring entregou na noite do último sábado (08) um dos maiores espetáculos de punk rock provavelmente já sediados no Allianz Parque. 

A forte ligação entre a banda e o Brasil não é de hoje; já tendo marcado presença por mais de 10 vezes no país, entre shows e festivais, a última vinda do Offspring aconteceu no ano passado, durante a última edição do Lollapalooza. Pouco depois da eletrizante apresentação em meio às chuvas no Autódromo de Interlagos, o quinteto lançou a faixa “Come To Brazil”, tanto como uma homenagem ao público brasileiro, quanto como a primeira música de trabalho do álbum inédito “SUPERCHARGED”, disponibilizado na íntegra em outubro.

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Meses depois, com o anúncio da turnê “SUPERCHARGED Worldwide in ‘25”, o Brasil foi escolhido ainda como ponto de partida da leva de shows que passará por diferentes regiões do mundo. Depois das apresentações em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, foi a vez de São Paulo ser arrebatada pelo novo espetáculo punk. Mesmo antes da banda liderada por Dexter Holland e Noodles subir ao palco do Allianz Parque, o público já começou a ser preparado para a apresentação com uma contagem regressiva personalizada. Além dos telões exibirem diferentes conteúdos midiáticos, que incluíram animações e perguntas de um quizz sobre curiosidades da banda, uma mensagem informava que, durante o evento, cenas seriam gravadas para o clipe oficial de “Come To Brazil”, assim como nas outras cidades que receberam o grupo.

Pontualmente às 21h25, o clássico do AC/DC, “Thunderstruck”, ecoou pelo estádio, marcando o tempo para a entrada do Offspring. Após a contagem regressiva de 10 segundos, uma iluminação na mesma tonalidade azul da capa do “SUPERCHARGED” e um grave instrumental foram progressivamente abrindo espaço para que Dexter e Noodles subissem ao palco junto de Todd Morse, Jonah Nimoy e Brandon Pertzborn, e dessem início ao show com a clássica “All I Want”.

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Os primeiros segundos da abertura oficial do show fizeram com que, rapidamente, a pista fosse tomada por uma onda de rodas punk, que se intensificaram à medida que o repertório avançava para músicas mais agitadas, como a seguinte “Come Out and Play”. Após um momento de fôlego com a breve introdução mais lenta de “Want You Bad” que, em seguida, retomou seu ritmo original, Dexter saudou o público brasileiro esbanjando carisma e felicidade por estar diante de uma multidão enlouquecida e ávida por tudo o que o espetáculo reservava. Para além de clássicos, como “Staring at the Sun”, o Offspring reservou ainda algumas surpresas para a noite, a exemplo da inclusão de “Mota” na setlist, faixa do álbum “Ixnay on the Hombre” tocada ao vivo pela primeira vez desde 2019.

Em meio à uma recepção completamente aclamada, a banda elevou ainda mais os ânimos dos fãs com a performance de “Come To Brazil”, gerando uma reação em cadeia que ilustrou perfeitamente a fama dos brasileiros de “melhor público do mundo”. Seguido de uma versão incompleta de “Hit That”, a divertida “Original Prankster” talvez tenha inspirado Noodles a brincar com o público também, dando a falsa impressão do momento medley do show pelo icônico riff de “Seven Nation Army” (do The White Stripes) que, na verdade, só introduziu a festiva “Make It All Right”, da era “SUPERCHARGED”.

“Acho que essa foi a melhor apresentação do Noodles dessa música!”, disse Dexter, convidando o guitarrista agora sim para o medley de grandes clássicos do rock – “Smoke on the Water”, do Deep Purple; “Man on the Silver Mountain”, do Rainbow; “Iron Man”, do Black Sabbath; “Back in Black”, do AC/DC; e “In the Hall of the Mountain King”, de Edvard Grieg – antes da performance completa de “Blitzkrieg Bop”, clássico dos Ramones e um dos maiores hinos do punk rock. Voltando às composições originais do Offspring, os agitados acordes de “Bad Habit” inspiraram não apenas uma nova onda de bate cabeça nas rodas, mas também um coro que fez com que os fãs fossem batizados por Dexter e Noodles de “anjos com mentes sujas”.

Sem deixar de surpreender com alguns momentos do repertório, como a “Gone Away”, que foi tocada ao vivo pela primeira vez desde 2020 (o que foi celebrado inclusive com fogos de artifício ao final), o Offspring concentrou a maior parte de seus hits mais conhecidos na reta final do show, para encerrar no auge. Das diversas bolas infláveis jogadas ao público em “Why Don’t You Get a Job?” aos bonecões infláveis se balançando em cima do palco no mesmo ritmo enlouquecido que a multidão de pessoas em “Pretty Fly (for a White Guy)”, é preciso exaltar também a constância da energia de todos os integrantes da banda após quase 1h30 de espetáculo, que entregaram uma qualidade musical impressionante nas finais “(Can’t Get My) Head Around You” e “The Kids Aren’t Alright”.

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Diante de uma imensidão de lanternas que iluminava o Allianz Parque sob o instrumental da faixa “Lullaby”, a banda voltou para o bis atendendo às expectativas finais dos fãs com performances calorosas e excitantes dos hits “You’re Gonna Go Far, Kid” e “Self Esteem”. “Todas as outras bandas disseram isso e nós concordamos 100% com eles: o público de São Paulo é a melhor audiência que já existiu na história do rock’n’roll. Sentimos totalmente o amor de vocês nessa noite, muito obrigado por tudo e até a próxima!”, finalizou Dexter em meio às explosões de fogos de artifício e confetes. 

Por mais que a paixão do público brasileiro pelos artistas gringos esteja presente em todo o país, a vinda do Offspring – e o restante das bandas convidadas – para São Paulo talvez tenha sido ainda mais simbólica que nos outros estados, considerando a ligação e a resistência do movimento punk na capital paulista até os dias de hoje. A alta demanda do evento, somada à euforia do público presente do início ao fim, mostram que, independentemente do tempo, é sempre bem-vindo quando o Punk Is Coming (To Brasil).

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi