Resenha: “The Black Parade” – My Chemical Romance

My Chemical Romance

Gerard Way possui muitos talentos, e um deles está prestes a chegar ao olhos do público através de “The Umbrella Academy”, originalmente lançado como um HQ e atualmente transformada em série pela Netflix. Enquanto aguardamos seu lançamento, resolvemos relembrar um de seus maiores feitos, desta vez no mundo da música, junto com sua antiga banda My Chemical Romance.

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Em 2006 o My Chemical Romance concebeu o maior trabalho de sua carreira e um dos disco mais icônicos e memoráveis deste século. Mesmo após o fim da banda, “The Black Parade” ainda continua viva no coração de muita gente (principalmente de nós, brasileiros) e prova ser atemporal mais de uma década depois.

Definido como um rock opera, o disco foi produzido por Rob Cavallo e é centrado na história de um paciente que está a beira da morte. Todas as faixas desenvolvem a narrativa e no fim do disco sua conclusão é apresentada.

O álbum começa, ironicamente, com a intitulada “The End“, que funciona como um tipo de introdução à história que ouviremos pela frente. É uma versão muito mais crua do MCR que estamos acostumados a ouvir, já que a voz de Gerard é acompanhada por violão e piano.

Dead” nos apresenta a Pacient (personagem principal do disco) e trabalha toda a história de maneira criativa na letra, que casa perfeitamente com as batidas mais fortes e rápidas, com ótimos momentos na guitarra e bateria. Nela, o protagonista recebe a notícia de que possui um problema cardíaco e que lhe restam apenas duas semanas de vida. Um fato curioso, é que a canção não foi feita para o CD e sim adicionada posteriormente.

Com uma introdução forte, remetendo bastante ao som anterior apresentado pela banda, “This Is How I Disappear” é contada em primeira pessoa e explora bem os vocais de Gerard, principalmente no refrão com um tom dramático em seus versos.

The Sharpest Lives” talvez seja uma das canções mais pessoais já abordada pelo grupo, uma vez que trata do vício em drogas do vocalista. Apesar dos diversos solos de guitarra ao longo da canção, em determinado momento ela se torna cansativa por possuir um refrão muito repetitivo.

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A faixa-título do disco, “Welcome To The Black Parade“, foi muito bem escolhida, sendo não apenas a melhor da produção como também da carreira da banda. Ainda seguindo com a história da vida de Pacient, que está chegando ao fim, a canção trabalha perfeitamente a mudança de ritmo. Ela se inicia apenas com um piano ao fundo, vai crescendo com a bateria e no refrão se torna gigante com todos os instrumentos juntos e, novamente, os vocais potentes de Way.

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Talvez um dos maiores hits do My Chemical Romance, “I Don’t Love You” tem uma pegada mais sossegada, não deixando de lado os momentos dramáticos, que embalam o conteúdo melancólico da canção. Este foi o terceiro single lançado pertencente ao álbum.

Uma das grandes virtudes de Way é conseguir, através de sua voz, transmitir exatamente o que ele quer dizer através da letra. Em “House of Wolves“, que fala sobre o medo do personagem de ir para o inferno, temos batidas fortes, rápidas e pontes bem criativas.

Neste disco, é inevitável que se fale muito sobre a narrativa das canções e como a banda trabalhou para que seu som se encaixasse com ela. “Cancer” nos introduz a uma sequência de despedida, já que nela o Pacient já tem consciência de que irá morrer. A canção em si é meio arrastada, mas esta parece ser a intenção da mesma, que tem apenas pouco mais de 2 minutos.

Mama” parte do mesmo princípio de “Welcome To The Black Parade” e começa de maneira tranquila, somente com a voz de Gerard sendo acompanhada pelo toque bem sútil da guitarra. Pouco antes de chegar ao refrão ela cresce e alterna entre momentos mais calmos.

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O início de “Sleep” possui gravações em que o vocalista fala sobre sonhos estranhos que teve durante a gravação do álbum. É provavelmente a faixa mais fraca do disco, já que não apresenta a originalidade vista nas outras canções.

Teenagers” é bem representativa e funciona como uma espécie de protesto. Sua força vem toda e completamente dos vocais, levando em consideração que o instrumental não apresenta muitas alterações e segue uma mesma linha durante praticamente toda a canção.

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Nos primeiros segundos de “Disenchanted” voltamos a nos encontrar com um My Chemical Romance mais acústico, tranquilo e cheio de calmaria na voz do vocalista. Sua letra explora a tristeza sentida pelo paciente, que não se conforma com a maneira com a qual está partindo.

Famous Last Words” encerra o disco com chave de ouro, com um tom raivoso e instrumental fortíssimo, nesta faixa presenciamos a aceitação do personagem principal e sua relação com a morte com o poderoso trecho “I am not afraid to walk this world alone”.

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Blood” é “faixa escondida” do disco, que na verdade é um silêncio até os exatos 1 minuto e 30 segundos. A partir daí, com um tom meio macabro e falando (bastante) sobre sangue, o My Chemical Romance encerra oficialmente o ciclo do “The Black Parade”.

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Com o "The Black Parade", o My Chemical Romance concebe o maior trabalho de sua carreira e um dos discos mais icônicos e memoráveis deste século.Resenha: “The Black Parade” – My Chemical Romance