Resenha: “You Are Ok” – The Maine (2019)

The Maine

The Maine já é figurinha carimbada por aqui e para a felicidade de todos nós as pausas entre os lançamentos de álbuns são bem curtinhas. Nesta sexta-feira (29), o grupo divulgou o disco “You Are Ok”, o sétimo dos norte-americanos e sucessor de “lovely little lonely”, de 2017.

Com um total de 10 faixas, é notável que, comparado aos trabalhos anteriores, o nível de qualidade da produção aumentou, colocando sempre em evidência o amadurecimento conquistado desde que optaram pela independência da banda – sempre se mantendo fiel à suas raízes e ao tão leal público.

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O disco é iniciado com “Slip The Noose“, uma boa escolha para a apresentação do que está por vir. Com forte instrumental, algumas batidas remetem à canções do My Chemical Romance, levemente distinto do que a banda costuma fazer. O destaque da faixa fica por conta da bateria, que faz valer seu espaço com viradas interessantes.

My Best Habit” foi um dos singles já lançados anteriormente pelo quinteto e possui um tom um tanto quanto provocativo na ponte. A letra é cantada de maneira rápida casando com o ritmo das batidas, que só desacelera no refrão, dando maior ênfase ao que é expressado ali.

Numb Without You” foi o primeiro contato que tivemos com o novo material, já mostrando o investimento emocional da banda na nova era. Não comum anteriormente, o violino é provavelmente o instrumento que ouvimos com maior força, assim como os sintetizadores utilizados em determinado momento da faixa.

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Todas as faixas presentes são bem únicas, nos dando a sensação de individualidade em cada uma delas. “I Feel It All Over“, porém, remete bastante ao The Maine que estamos acostumados a ouvir, mas não se engane achando que podemos compará-la a alguma outra antiga canção.

“Heaven, We’re Already Here” é simultaneamente melancólica e cheia de esperança, como no trecho “Daylight isn’t far away, my friend, and we all will be born again“. Com vocais poderosos, é provavelmente a melhor composição do disco, e por seu tom dramático talvez funcionasse melhor como o encerramento do trabalho.

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No meio de tanto instrumental, “Forevermore” nos dá a chance de desacelerar e aproveitar um bom acústico. Mesmo já maduros, o grupo é conhecido por descrever certeiramente todas as incertezas que cercam a vida dos mais jovens. Nesta canção, temos uma despretensiosidade e sensação de tempos mais simples e sem maiores preocupações.

Tears Won’t Cry (Shinju)” tem uma forte vibe pop, onde a gente pode afirmar que é difícil ficar parado. Ela funciona também como aquela música que vai ficar na sua cabeça o dia inteirinho, comprovando novamente a habilidade do The Maine de circular de maneira inteligente por diversos ritmos.

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De volta com instrumentais fortes, “One Sunset” mantém a linha enérgica do disco e nesta sim, segue a mesma receita dos anteriores: ao menos uma canção daquelas em que se ouve na estrada, com os vidros abaixados e no volume máximo.

Um dos singles previamente divulgados, “Broken Parts” é extremamente necessária para o disco: tanto no quesito sonoro quanto na composição. Otimista, John destaca a ideia de que todos estamos quebrados, mas não permanentemente, como no verso “You can’t fall any further, any further from the floor. So gather up yourself now, love, just as you were before”.

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Uma faixa com quase 10 minutos tem tudo para dar muito certo ou muito errado. Até dá para entender toda a construção de “Flowers On the Grave” e como ela funciona como um todo, mas cá entre nós todos esses minutos não foram lá muito necessários. Por outro lado, ela reafirma a mensagem de esperança e de que tudo é temporário. Um outro grande destaque é que a frase cantada em “Slip The Noose” (“I was on the verge of breaking down, then you came around”) é também a que finaliza “Flowers On the Grave”; uma sacada brilhante.

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Da primeira até a última faixa, o disco age como um ciclo completo na carreira do The Maine, reafirmando a banda como uma das poucas que sobreviveram e evoluíram à era emo, juntamente com sua base de fãs. “Are You Ok” serve tanto para dias bons quanto para os ruins, traz conforto e te faz relembrar que seja lá o que esteja vivendo, irá passar.

Os caras estão com passagem marcada para o Brasil para o mês de junho e irão fazer shows em quatro cidades. A NM reuniu diversos motivos para você não perder a vinda da banda ao país; aqui.

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Da primeira até a última faixa, o disco age como um ciclo completo na carreira do The Maine, reafirmando a banda como uma das poucas que sobreviveram e evoluíram à era emo, juntamente com sua base de fãs.Resenha: “You Are Ok” – The Maine (2019)